Conheço bem essas sombras
Sei de onde elas vem
Ouço as batidas irregulares do meu coração
E frio da solidão
Estou preocupada novamente
E a consciência aclama por um pouco de dor
Como se rasgar a própria alma
Me fizesse ter valor
Tem algo errado com o mundo
Ou de errado comigo?
Como posso me calar
Se tenho tanto a dizer?
Errar é mais do que pisar em falso
Para mim, é apagar a chama da vela que me guia
Como posso me desculpar
Se nem eu mesma consigo me perdoar?
Retornar às sombras
Por que corro para a escuridão?
Por que permito que a paz se esvaia?
Eu corto as cordas que jogam para mim
Eu piso por vontade nos cacos de vidro
Na brasa ardente, só pra me machucar
Eu desvio do certo para o errado me pegar
Eu grito na luz para que a sombra venha me buscar
O que mais posso dizer?
Apenas que o corpo não obedece a mente
E o coração se desvia da razão
Porque toda vez que a paz segura minha mão
Eu fujo para onde as trevas possam me atormentar mais uma vez
O verão é consumido pelo inverno
As surpresas e os risos se tornam as folhas secas do outono
Minhas flores cairam com a mudança da estação
Eu faço meu mundo girar
Eu o giro da forma contrária
Por que tudo o que eu faço é errado
E o erro é espinho cravado nessa alma aflita
Esperando qualquer flagelo
Para apenas poder olhar o reflexo abatido
Entre o trincado do espelho
3 comentários:
vossa mercê ainda não me respondeu se é descendente de italiano
sou...
passando pra elogiar os poemas... bjuh!
Postar um comentário