terça-feira, 29 de setembro de 2009

Carpete de Veludo

Vagam almas pela extremidade da terra
Procuram sentidos nas lágrimas e o sentido da vida
Embora a vida justamente não mais possuam

Essas vozes que ecoam da margem do rio
São gritos silenciosos de uma dor invisível
Os medos, os receios não são arte da infantilidade
Mas hoje são as correntes que predem seus corações

As almas perdidas não enfrentam o tempo
As almas perdidas não dão sinal de vontade própria
Hoje somos o carpete de veludo que cobre a sala
Belos, mas criados para sermos pisados

O que não se entende é que não se coloca alma sobre alma
Porque todas são iguais no que diz respeito ao valor de uma vida
Mas o erro persiste desde as decadas
O poder flui da mente e entorpece o coração
Suga as vidas de quem não tem palavra
Roubando-lhes a dignidade e a emoção

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