Epílogo e Ômega

Estou ensandecida
Completamente consumida
Obstinada, enlouquecida
Isso tem sintetizado meus atos
Dominado minha mente
E roubado meu fôlego

Um desfecho que encerra
O fim iminente que nada altera
É a insignificância dos tempos
Que tem me mantido longe de tudo

Não há como dizer que não tenho sido racional
A razão e a sanidade é um toque intenso em meus pensamentos
Talvez tenha errado em dizer que estou ensandecida
Visto que nunca tenho atitudes iludibriantes
Quem sabe apenas tenha morrido emocionalmente
Permitindo que meu coração bata apenas para levar
A essência da vida pelo meu corpo?

Afirmo... em instantes nada mais sei
Digo... e esqueço irremediavelmente
Andando sem deixar marcas nos segundos breves
E nas horas deixar cada uma passar sem sentido
E o fim não passa de uma invenção humana
Para que o Ômega seja mais do que apenas uma letra
Em um alfabeto esquecido