Vultos Brasa Chama

Vejo vultos... São pessoas que passam por mim?
Não consigo decifrar isso, talvez por não conseguir mais prestar atenção
Em nada que não seja você

Os dias sem você não são mais do que uma pena que tenho que pagar
Por todos os meus pecados
Até poder estar ao seu lado
Hoje e para sempre
Porque o amor é a única causa pela qual
As pessoas ainda vivem
Num mundo onde a dor comanda

Oh! Somos todos tão doentios?
Isso é só um detalhe
Sofrer é única emoção
Que nos aproxima da mortalidade
Quando achamos que tudo é para sempre

O que estamos fazendo ainda parados?
Continue dando os passos em direção ao fogo
Sim
Ele queima
E essa ferida vai latejar a noite toda
Mas isso não importa
Pois quando a ferida cicatriza
Chega a hora de se acostumar com as marcas de um passado
E permitir que isso apenas faça parte do que já foi
E abrir os braços finalmente
Mesmo que seja apenas para estar livre
Para se prender novamente disposto à novas feridas

Pois o amor não passa de uma dor
Tão profunda que chega a ser irreal em mim
Pela irrealidade se torna divina
E pela divindade se torna lindo

O amor é tão lindo
Então quando isso acabar
Não lamente
Pense nisso como uma chama ardente
Brilhante
Impossível de apagar
Mas que com o tempo consome toda lenha
E quando não houver mais com o que se alimentar
A chama enfraquece e se torna brasa
E a brasa se apaga com o primeiro sopro do vento
Então quando o vento soprar
Deixe-o apagar
Pois já está na hora de dizer
Adeus

Você é o fogo que queima em mim
Hoje é a chama mais forte
Mas amanhã poderá ser apenas brasa
Não sou pessimistaApenas realista
Qual é o pecado de te amar um pouco menos?