Eco

Volte correndo para o fim dos tempos

O penhasco onde os ventos morrem

Onde o impossível deixa de existir

Onde o grito é um eco

Então não diga nada

Do que irá se arrepender

Pois ele será repitido mil vezes

E eu não terei como não ouvir

Isso ainda ecoa em minha alma

Veja meu coração

Ele ainda bate... ainda pulsa sague para correr em minhas veias

Depois de tantas feridas, ele ainda funciona

Mas jazem cicatrizes frias que latejam a cada pulsação

E eu ainda sinto

Há um buraco que foi feito por suas palavras

E você pulou do penhasco

Os ventos morreram

O tempo acabou

E o impossível aconteceu

Estou em paz

Mas ainda há o vazio que você deixou em meu coração

Nesse vazio ecoam os ventos mortos

E faz com que as cicatrizes doam ainda mais

Caio de joelhos diante do eternidade à frente do penhasco

Onde o céu parece beijar a gravidade

E ainda ouço os ecos dos seus gritos

Enquanto você cai

Não importa... é tão tarde para te impedir

Então te deixo cair