quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Café e Alucinações

Vamos parar para pensar
Pense em como o céu está cinza esta manhã
E em como rouca tua voz parece
Depois de uma noite de sono mal durmida
Pense nas sombras debaixo dos olhos teus
Que comprovam a insônia que te corrói

Está te atormentando a consciência?
Os mortos voltaram para te assustar?
Ou está com medo de pagar seus pecados?

O medo é tão indescritível
Pode nos salvar de fazer alguma insandescência
Mas pode nos levar a errar de verdade dessa vez
Ou nos paralisar deixando tudo como está
Eu tenho medo de confessar
Que nunca amei você

Esse amor é uma doença
Na verdade não se denomina amor
Ser completamente doente por alguém
Como eu sou doente por você
Um sentimento que me faz mal
Me faz sentir febril
Como se meus pés não pudessem tocar o chão
Como se eu caísse de um abismo
Só para alcançar a profundidade
Que você possui em meu coração

Estou te mandando para o inferno
Lá não é tão quente assim
Você se importa com o fogo?
Então tenho que confessar também
Não acredito em inferno
Então estou te mandando para lugar nenhum

Já está indo embora?
Não quer apenas tomar um café?
Prometo não te envenenar
Meu momento insano passou
Agora sou uma alma perdida
Vivendo histórias irreais
Em plena alucinação para me manter respirando
O máximo que pode acontecer é eu deixar
As palavras sinceras escaparem e te contar
Que mal lembro dos traços do seu rosto
Ou da cor dos olhos teus
E que estou pouco ligando se você está feliz ou não

Não é o ódio que me move
O ódio é um amor fracassado
Então como posso te odiar
Se eu nunca te amei?


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