terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Eis-me aqui Morte! Leva-me...

Eis-me aqui
Peça rara que se condena
O suspiro indesejável que dá pena

Eis-me aqui
Já me vou
Para o eterno que incrivelmente acabou

Eis-me aqui
Não, não tenho mais a ti
Nada me alegra, nem as coisas que vivi

Esta noite sonhei com você
E acordei me perguntando "por que?"
O certo é que nunca saberei
E a verdade é que no fundo eu sei
Não há volta
O passado se foi e isso me revolta
Caminho sobre arestras
Escorrego e caio sobre estas
Mas continuo a caminhar
Sem saber onde vou parar
Mas eu preciso continuar...

Eis-me aqui
Brisa flagelante da morte
Leva-me contigo, pois não sou mais forte

Eis-me aqui
Sim eu desisto
Pra que viver, e passar por tudo isso?

Eis-me aqui
Tira-me a vida
Eis que anseio a minha ida

Eis-me aqui
Te aguardo eternamente
Morte que me livrará dessa angústia para todo sempre.