sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Desintegrando o que é Tangível




Temos mil motivos para desistir
E um apenas para lutar
Sempre dizem que o impossível
Se torna possível se tivermos uma razão

Mas onde está a razão quando mais se precisa dela?
Quando o pânico entorpece a mente
Inutilizando o raciocínio
A razão foge entre os pensamentos
Paralisando nossos corpos
E nos deixando indefesos e sem ação

Então como posso confiar na razão
Se ela nos abandona sempre nas piores horas
Sendo que o único que nos salva
É o coração
Lançando a adrenalina em nossas veias
Descongelando nossa paralisia emocional
E nos impulsionando a correr

Mas quem disse que considero o coração confiável?
Também considero o fato
De que no furacão das emoções
O grande responsável por elas
É este traiçoeiro que habita em nosso peito
Batendo no ritmo acelerado e irregular
Trançando em nossas mente caminhos imaginários
Nos levando ao abismo impessoal
Onde a sanidade se esvai para sempre

Não confio na razão
Não confio no coração
Mas vivo à disposição de ambos
Misturados em brasas ardentes em minha mente
Me levando, todos os dias,
Para o mesmo abismo
Onde o céu se torna tangível
E o chão fica intocável
Se desintegrando sob meus pés



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