terça-feira, 24 de março de 2009

A Criança, a Mulher e a Senhora

Muitas vezes acho que sou nova demais
Que certas coisas que espero vão demorar a ocorrer
Que o tempo não passa
E que eu nunca vou crescer
Então me torno uma irresponsável e brinco como criança

Outras vezes me sinto madura
Como se fosse o momento certo de agir
Sinto que posso cruzar o mundo todo numa só noite
E que nada nem ninguém pode me impedir
Então começo a me arriscar mais

Mas sempre há vezes em que eu me sinto velha demais
Sinto que não tenho forças pra fazer as coisas
Que já não sou como antes
Sinto que tenho limites
E começo a me preocupar
E a desistir de muita coisa

O meu reflexo no espelho me diz que sou jovem
Só que nem sempre a mente está de acordo com o que se vê
Todos temos dentro do coração a infantilidade, a madurez e a fraqueza
Não sei ao certo qual delas me domina agora
Só sei que sempre e sempre estou alternando entre elas
Sou uma criança frágil, e ao mesmo tempo uma mulher guerreira
Logo vem a fraca senhora que me mostra o amargo gosto do medo de viver.

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