quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Âmago

Já mandei tudo para o inferno
Já ri desses problemas
Já me certifiquei de que isso não é nada
Mas eu não posso convencer a mim mesma

Como posso dizer que não te amo
Quando os dias se tornam martírio
Pelo simples fato de eu não ter
Nenhuma prova tangível
De que tudo isso existiu?
As negativas são tão infundadas
Quando relacionadas ao que eu sinto
No instante em que te vejo
Se não faz diferença alguma
Então por que me martirizo o dia todo
E só me sinto inteira
No momento em que você aparece?

O dia desperta de acordo com o sol
Imagine só qual é o primeiro traço de consciência que me vem à mente?
Não é voz, nem ao menos um sorriso
É uma aura completa que me eleva
Dos níveis da vida
Todos lutam pelo mais importante
O momento em que alma se sente inteira
Assim como eu me sinto
Quando não sou mais a mesma
E no entanto, mesmo não reconhecendo o sorriso no espelho
Eu sei que essa é a verdadeira personalidade

O que pode ser o bastante para impedir
Que eu sorria quando você diz
Que sonhou comigo na noite passada
Se eu ao mesmo tempo
Tenho sonhado com você?

Gostaria de saber a minha verdade?
Não importa o quanto eu tente destruir o que existe agora
Nessa sintonia intensa que aprisiona nossas mente hoje e sempre
Eu jamais terei forças o suficiente
Para me convencer
De que não amo você
Quando, sinceramente, eu amo
Pelo menos, é o que grita meu âmago

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