quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Sina Amarga e os Sete Temporais

Eu tenho mesmo um bom motivo
Para dizer que todo o sossego momentâneo temsempre uma tempestade por vir
Eu não consigo alcançar a paz e mantê-la por muito tempo
Como se estivesse constantemente buscando pelo tormento
Eu provoco as situações e martirizo a simplicidade
Como uma sina amarga
Eu ainda bebo da àgua dos sete temporais
Onde o inferno não é lenda
Dando a meia volta
Não é realmente o único jeito de escapar
Quando achamos que o esquecido desaparece
Nunca sairá realmente do contexto
Onde estão transcritas as legendas do adeus
E eu mesma coloquei meus dedos sobre as hastes do além do óbvio
Para alcançar um sonho
Mas esse sonho já não me pertencia mais
Eu o perdi no instante em que o encontrei
Acreditar se tornou filosofia
E o perdão, uma anomalia
A desconfiança é lei
E minha voz se esvai num pedido de silêncio confuso
Fecho meus olhos na busca insensata pelo sono
Mas não quero apenas dormir
Quero a morte como a ceifadora dessa última saga
Eu tenho razões fortes para apresentar
Sim, eu realmente tenho um bom motivo

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