sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Agonia

Se em passos lentos
Tenho mortificado minha'lma
Eis em passos ligeiros
Finalmente o golpe onde meu fôlego se desfaz
Dos piores pesadelos
Eis a dor que lateja desde o amargo conceito teu
De que lágrimas tuas, derrubar
A causa sendo um conceito meu
A vida podemos arriscar
Uma única vez desatando as cordas
Dessa aparência forçada
Onde os santos vertem o sangue
Diante da voz inflamada
Rindo-se pelos cantos com demônios
Do que não é correto
E tudo se torna errado
Desde uma única tentativa de sorrir
Até mesmo algo que se faz uma única vez
Na pretensão de guardar na memória
O que jamais faremos novamente
Acreditando naquilo que diz a consciência
Em teu âmago, jaze a impaciência
Da minha atitude impensada
A ira arde em flâmulas doentias
Sendo meu coração, o sacrifício
Em que os cortes impiedosos
São cicatrizados pelo tempo
Mas jamais o perdão próprio
Terei de meu consentimento
Então por teu choro me ajoelho
Na inutilidade de impedir sua dor
Mas a mim jamais escutas
Em teu ódio me abandonas em rancor
O que farei eu em minha agonia
Enquanto a hora da execução se aproxima?
Me martirizarei até os pulsos verterem para sempre
Todo o sangue que dediquei a uma vida
Infeliz em minha mente

Nenhum comentário: