segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Obcessão

Às vezes não compreendemos o ódio
Muito menos a perseguição sem motivo
Pode acontecer de alguém olhar para você
E sentir essa doença repentina
Onde você passa a ser o centro do mal
Se tornando a causa de cada erro
E o motivo pelo qual a pessoa age

Vão seguir seus passos
Vão imitar seus hábitos
Vão gritar seu nome
Vão implorar para tirar fotos suas
Vão sorrir falsamente
Vão chorar amargamente olhando sua imagem
Vão passar o tempo de sua vida arquitetando

Isso é uma obcessão
Uma loucura chamada inveja
Algo corrosivo e doentio
Uma forma de vida limitada
Ao desejo de ser igual a mim

Não precisa mudar a cor do seu cabelo
Nem odiar o que eu amo
E amar o que eu odeio
Não precisa fingir que não gosta daqueles livros
Só porque eu os li
Não precisa criar poemas
Nem publicá-los, mesmo sabendo que não se compara a mim
Não tente conversar comigo
Nem sorrir como se me conhecesse
Embora eu imagine o quanto você me conhece
Pelo fato de dedicar horas vasculhando o que me envolve
Mas eu, querida,
Não conheço você

O que mais me dá pena
É que você nem sabe porque me odeia
Eu sinto muito se pertenci a um passado incomum
Eu sinceramente não fazia idéia da sua existência
Mas, meu bem, eu sei viver
E não me lembro nem ao menos do nome dele

Tudo bem, pode continuar a tentar viver como eu vivo
Mas personalidade é algo único
E você não é meu espelho
Bem que dizem que ódio é próximo do amor
Todo o seu desespero é apenas um reflexo indomável
Da vontade insana
Que você tem
De ser igual a mim.

Um comentário:

Unknown disse...

Não quero que ninguém sinta essa 'doença' por mim..
Belo poema.