segunda-feira, 13 de julho de 2009

Rivais Confusas

Espalho pela folha branca
Os pequenos pedaços de meu coração triturado
A dúvida constante é se eu o quebrei porque quis
Ou se o quebraram porque deixei

Talvez eu seja como uma criança
Que não sabe lidar com um presente
Acaba por destruí-lo inocentemente

Destruí-me emocionalmente tantas vezes quanto pude
Já nem imagino mais formas de me machucar
Eu sei que de alguma forma poderia ter feito algo
Para este momento evitar
Mas sou tão fraca que se sinto que me arrisco a perder uma batalha
Coloco meu exército em retirada sem ao menos tentar
Desisto sem ao menos pensar
E fico imóvel na esperança de que os tempos mudem
E que a própria vida fará sua parte...

Ah ... vida...
Esqueci-me completamente
Esse talvez tenha sido meu maior erro
Esqueci-me que a vida é minha inimiga
Como poderia mudar o rumo do tempo para meu benefício?
Não... e por mera fraqueza
Deixei nas mãos de minha maior inimiga um último sobressalto para minha salvação
É claro que ela por seu ódio daria todas as coordenadas para meu fracasso
Ah ... vida...
Pondera-me maior inimiga

Eis que sua rival, a morte, chama por mim todos os dias
Com um sorriso amigável promete docemente
Acabar com todas as minhas dores
E que tu, oh vida, insensível, não faz idéia de o quanto dói
Perder um amor
Pois se soubesse nunca permitiria que isso acontecesse
E ela diz com sua voz tão tranquilizante
"Vem, durma o sono eterno dos santos
Darei-te a ternura do silêncio
E a doçura de um descanso incomum"

Diga-me céus e terra
Como posso recusar-me a aceitar tal convite
Se na vida só encontro a mostragem triste do quanto ela me odeia?
Já não sei mais o que é bom e o que é mau
O que é certo ou errado
E a escolha se torna cada vez mais confusa

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