Carta de Suicídio

Aos pequenos e insignificantes seres que rondam minha vida com sua inútil presença:

Risos são o malefício de mentes espalmadas
Vozes não são mais que o tom ritmico que se refazem em palavras
Dane-se... não as ouço mais
Importo-me tão pouco agora com os pensamentos alheios

Perdi-me em infortúnio em minha'lma confusa
Já nem sei mais quem sou
Ou em que acreditar
Não tenho mais o que esperar da vida
Ou das pessoas que me cercam

A vida tem-me dado dicas em relação ao meu futuro
Tinha medo das pessoas
Medo do que pensam
Medo do que podiam fazer contra mim
Então as decepções se acumularam
E comecei a ter medo de amar
Medo de me magoar

Então ultimamente não tenho visto sentido em meus dias
Não tenho visto sentido em lutar
Nem ao menos em acordar pela manhã
A sanidade já me é tão escassa
Que deliro estar num pesadelo
Mas quando me machuco
O sangue me diz que é tudo real

Então disse aos céus em alta voz
Que acredito na divindade superior
E que de todo coração e amor
Desejava ver todos os propósitos de Deus cumpridos
Desejava e ainda apoiava sua santa soberania
Mas não podia mais acompanhar sua guerra
Pois estava cansada de andar
E meus pés já não me obedeciam
E eu sabia desde o início que nada nem ninguém
Precisava de mim naquele momento
E que não faria a mínima falta

Então desisti de meus sonhos
Desisti de ser quem eu nunca chegaria a ser
E pedi
E desejei minha paga por todos meus erros
Só me sinto mal por minha fraqueza
De não lutar pela vida até o final
Mas tenho plena certeza
De que o fim não é tão amargo assim
Seus olhos se fecham
Como se você estivesse indo dormir
Lentamente
Então você relembra momentos doces de sua vida
E quando o sono se torna incontrolável
Você adormece para o repouso eterno



*não pretendo me matar... esse poema foi apenas um instante de depressão