sexta-feira, 25 de junho de 2010

Proximidade Considerável

É tão fácil te odiar
Como se eu pudesse apenas definir o ódio pela lágrima que cai dos meus olhos
Ou de um sorriso idiota que lampeja em meus lábios
Só de em você eu pensar
E se o amor é a proximidade considerável
Um limite expressivo até onde começa o ódio
Que define o que é sadio e o que é doentio
Como posso te amar
Se me torno colérica ao ponto de me esquecer como respirar?

Fraquezas são consideráveis
Escrúpulos, admiráveis
Definições, recuperáveis
Mas como definir o exato momento
Em que eu deixo de habitar a realidade
E passo a sonhar?
Talvez eu saiba em um dos meus últimos pensamentos sãos
Que a verdade declina quando não acreditamos nela
Então para que me preocupar com o que real
Se eu, na verdade, não me importo

Eu olho para você e vejo algo que não deveria
Sinto algo que não poderia
O incontrolável é um ponto entre o involuntário e o escolhido
E eu talvez tenha escolhido
Amar você



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