sexta-feira, 14 de maio de 2010

Considerações de uma Tarde de Inverno

Não somos a mesma pequena porção de sintonia
Nessa última tarde de inverno
O frio retoma meu antigo medo
E o amargo se difunde pelo gosto da harmonia
A compreensão é tão confusa
Nem sei mais se me cabe a culpa
Ou se pertence esta a ti
Apenas sei que não confio nessa luta
Muito menos em mim

Pode isso ser um reflexo indomável
De um erro e uma dor anterior
Mas teus atos nada mostram
Que realcem teu valor
Sofro eu então pela causa desconhecida
Por amor?
Por medo de te perder?
Por medo de me arrepender?
Ou apenas por saber
Que meu coração tem se desviado do teu
Na vontade imprópria de outro caminho encontrar

Me desvio por não ter de ti o que tanto preciso?
Se de amor morro, então não me deste a única fala superior
Em teus olhos imploro que me diga
E teu riso julga como desnecessário o que pra mim tem tanto valor
Nesse momento penso comigo
Se me canso logo e de ti desisto
Mas o mesmo coração cavalga pelas sendas dessa dor
E em ti habita ainda grande parte do meu amor

Não ignoro que do acaso tenho muitas contas a prestar
E que de nada me adianta o destino, se nele eu não acreditar
Talvez não seja você o grande amor que estava a esperar
E mais uma vez erro por ter voltado
A ti, meu antigo amor, que já era passado
Os contos de fadas tem feito meus pensamentos
E condenei tua voz ao descontentamento
Quem de nós irá embora desta vez com o vento?

... sim... teu temor era válido
...era isso apenas mera vaidade de tua alma...

Minha sina?
Amar-te para sempre talvez seja tempo demais para um coração condenado à morte.





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