domingo, 14 de novembro de 2010

A Última Flor da Estação

É tão simples sorrir
Mas nem sempre as coisas são favoráveis para um sorriso
A vida é curta, e as mentiras parecem contrastar a eternidade
Quanto mais se foge de uma verdade
Mais ela galopa até encontrar a sua consciência
E ela pesa como um monte de metal sobre suas costas
Faz desfalecer a alma e enlouquece os sentidos
E o que se pode fazer além de gritar
Gritar para os céus e buscar um pouco de justiça

Parece estranho dizer
Mas um pecador que grita aos céus por justiça
É a realidade dos fatos
Eu grito em silêncio todas as noites
Eu imploro por um pouco de sanidade
E sinto como se um inocente esperasse por mim
O céu estrelado se torna apenas a escuridão em meus olhos
Porque sei que na verdade nada pode me salvar
A não ser o som da sua voz
Me dizendo que tenho perdão

Então que sentido tem sorrir para você
Quando na verdade nem ao menos te mereço?
Você pode ver, pode sentir isso?
Sou apenas uma alma perdida na sua
Isso me faz ficar triste
Pois sinto muito por cada erro meu
E não posso tocar sua alma sem me machucar
Nos estilhaços que sobraram do que é real

O que estamos fazendo juntos?
E eu ainda não consigo decifrar porque você me ama
É como se eu fosse a ultima flor da estação
Mas se sou a última rosa que cai ao chão
É porque já estou em meu fim
Trazendo com minha queda
Mais um longo inverno...

Um comentário:

Anônimo disse...

Engraçado como seus poemas sempre combinam com meu estado de espírito... Me identifico com cada um deles, e com sua beleza imensa..
Parabéns, perfeito, como sempre.