sábado, 31 de julho de 2010

As pessoas falam demais

Parece tão fácil enquanto observo a forma como as pessoas fazem
Viver não é uma arte desse ponto de vista
Sorrir deveria ser normal
E amar, essencial
Tudo parece desenrolar da forma mais óbvia
Vidas encaminhadas como destino
Mas eu sei que nada é destinado
Pois, se fosse assim
Meu destino seria uma injustiça

Algumas pessoas foram escolhidas para sofrer?
Uma linda garota sonhava em ser amada
Ela tinha alguns problemas consigo mesma
E tentou fazer o que disseram a ela que era certo
Tentou seguir o caminho óbvio
Tentou deixar para trás o que seu coração pediu
E disse adeus

Corações parecem tão fortes
Mas o meu não sabe se regenerar
Ele bate, e cada ferida se abre com a pulsação
Até que um dia eu encontrei a minha cura
E descobri da forma mais doce
Que a vida não é exatamente o que te dizem que vai ser
Pois é incrível como o adeus passado não pareceu nada
Assim que olhei nos seus olhos

E mais uma vez as pessoas dizem que não pode ser assim
Mas simplesmente dessa vez eu não quero ouvir
Olhe para o céu
Tão azul, tão perfeito
Nada que haja lá em cima pode querer que eu seja infeliz
Então, por que eu deveria dizer adeus mais uma vez?
Eu apenas quero viver...

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Crise Existencial

Como pode a vida alheia ter
Influencia imediata e a longo prazo
Na vida que deveria ser apenas minha?
E em todos os caminhos
Retos e quebrados em curvas
Perco-me pelo simples apelo
Que certas coisas
Grandes e pequenas
Tem para mim

O amor nos torna dependentes
Nos torna idiotas
Arrependidos, mas ainda errantes
E nos prende involuntariamente
Desfazendo toda sanidade
Impondo a irrealidade

Mesmo assim
Somos nós, humanos
Seres feitos e ainda dependentes de amor
Ao mesmo tempo que nos prende
Ele nos mantém em pé
Como base sólida e lúdica
Uma confusão que faz tudo ter sentido

Então, nesta crise na qual me encontro
Digo que hoje tudo que eu considerada importante
Perdeu o signifado para mim
Sinto que posso ir embora
A qualquer momento
E deixar tudo para trás
Como se nada, nem mesmo sua voz, tivesse apelo algum
Repudio e não entendo como pude amar certas coisas
Pergunte-me: Sente-se livre agora, já que o amor é uma prisão?

Bem, talvez o ser humano não tenha nascido para ser livre
Não livre do amor
A sensação é de perda, não de alívio
Sinto-me desgarrada
Como se não existisse gravidade
Perdida num espaço amplo
E nada pode me segurar
Observam-me
Deixam-me afastar-me
E me envolvo, e me perco ainda mais
Nessa crise existencial

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Guerra

É incrível quando você acredita ser tudo para alguém
E se apaixona pelo que a pessoa sente por você
Eu tenho errado e aprendido a evoluir com isso
Dia a dia
Eu só queria que o amor fosse um espelho
Reluzindo e refletindo a mesma luz
A mesma imagem
O mesmo grau
A mesma intensidade
O mesmo sentimento
Eu queria que você me amasse
Como eu amo você

Eu poderia correr
Eu poderia fugir
Mas acredito ser um pouco tarde
E é engraçado quando você sente que está caindo
E sabe que isso vai acabar mal
Mas mesmo assim não consegue desistir
Você não quer desistir
Não consegue lutar
Porque ninguém luta contra o amor

terça-feira, 13 de julho de 2010

Dia do Rock: Almost Lover - A Fine Frenzy

Hoje, para comemorar do Dia do Rock, posto pra vocês a musica numero 1 do meu playlist do momento... como no ano passado, quando postei One do U2.

Almost Lover, da banda A Fine Frenzy, traz uma letra triste de adeus. O toque da música é lindo. Fontes afirmam que essa música faz parte da trilha sonora de Twilight, o primeiro filme da saga Crepúsculo.

A Fine Frenzy

Quase Amante (Almost Lover)

A ponta dos seus dedos pela minha pele
As palmeiras balançando com o vento
Imagens

Você me cantava canções de ninar espanholas
A mais doce tristeza em seus olhos
Truque inteligente

Eu nunca quero te ver infeliz
Eu pensei que você quisesse o mesmo pra mim

Adeus, meu quase amante
Adeus, meu sonho sem esperança
Estou tentando não pensar em você
Você não pode apenas me deixar?
Até logo, meu romance sem sorte
Virei minhas costas pra você
Eu deveria saber que você me traria dor?
Quase amantes sempre trazem

Andamos juntos em uma rua cheia de gente
Você pegou minha mão e dançou comigo
Imagens

E quando você se foi, beijou meus lábios
Você me disse que nunca, nunca esqueceria essas imagens, não

Eu nunca quero te ver infeliz
Eu pensei que você quisesse o mesmo pra mim

Adeus, meu quase amante
Adeus, meu sonho sem esperança
Estou tentando não pensar em você
Você não pode apenas me deixar?
Até logo, meu romance sem sorte
Virei minhas costas pra você
Eu deveria saber que você me traria dor?
Quase amantes sempre trazem

Eu não posso ir ao oceano
Eu não posso dirigir pelas ruas à noite
Eu não posso acordar pela manhã,
Sem você na minha mente
Então você se foi e eu estou assombrada
E aposto que você está bem
Eu facilitei pra você
Entrar e sair assim da minha vida?

Adeus, meu quase amante
Adeus, meu sonho sem esperança
Estou tentando não pensar em você
Você não pode apenas me deixar?
Até logo, meu romance sem sorte
Virei minhas costas pra você
Eu deveria saber que você me traria dor?
Quase amantes sempre trazem




Feliz dia do rock... melancólico... shaushuahsua
Jakisses!!!

domingo, 11 de julho de 2010

Vetores

Tenho três vontades opostas
Como vetores indicando seu futuro em três ações
Mas às vezes esquecemos
Que a vida não é somente o que você pode tocar
Somos a feição pessoal do impossível
Um cubo de gelo desintegrando em copo d'agua
Nos misturando a forma anterior
E perdendo toda a estrutura que levamos tempo para construir
E eu poderia dizer adeus a qualquer momento
Ou simplesmente não dizer nada e sumir
E continuar como um solitário enquanto você se mistura
Viver tem sido apenas uma coisa para você
E eu me esqueço de mim tentando aparecer
E reluzir como algo bom aos seus olhos
Tenho fracassado nisso também?
Os meus vetores apontam para um único lugar
Enquanto os seus disparam para cofins diferentes
E eu me sento na varanda numa tarde de fim de inverno
Pensando em como uma vida pode depender da outra
Quando há amor...

... eu já amei uma vez
E talvez mais do que amo você
Mas isso nunca foi o suficiente
Quando a reciprocidade não existe
Nunca ame ninguém mais que a si mesmo
Isso não possui valor, senão aos poetas
Então dane-se toda a filosofia masoquista
Onde a dor santifica
Eu não quero... não posso sofrer outra vez
Então, o que posso te dizer?
Estou aqui, e já sofro tentando não sofrer
E eu tenho tentado não pensar em você
Mas isso também não é o suficiente
Então adeus meu amado que um dia pareceu ser
A única fonte de uma felicidade eterna
Mas eu me esqueci
Que não existe eternidade na imperfeição

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Ópio

Ela me disse que não haviam mais suspeitos
O óbvio flagelava entre as últimas vozes
Da forte restante melodia de vida que se foi
E apontavam sombriamente
Para uma única pessoa

Então, por favor, pare de procurar
Isto se torna o ópio da inocência
Ou a má vontade em resolver
O que deveria ser prioridade
Inscrito em cada gesto do seu ser

Não se trata de mim, não se trata de você
São apenas verdades derramadas como sangue
Espalhadas como se pudessem gritar
Implorando apenas a solução final
Para poder partir em paz

Pode ouvir a voz desse garoto?
Agora você ao menos sabe
Que fez tudo o que podia
E eles nem ao menos entendem
O real motivo

Alguém se importa com o depois?
E se eu disser que só me importo com a justiça?
Pago todos os pecados como uma pecadora não arrependida
E orgulhosa de um erro que não me pertence
Isso é glória, e não morte
Então talvez beije minha mão ao dar-te o que nunca deveria ter
Morte a quem perde a vida por vaidade
E penitência para quem deseja viver

Está acabado
As vozes silenciam
Como se o seu suspiro fosse a porta do céu
Vai-te, doce adeus do obscuro
E eu permaneço como a última forasteira desse ópio
Andando no vento antes do temporal

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Algumas Regras

A vida possui algumas regras claras
E às vezes você pode não entender
É por isso que as pessoas erram
Pois não assimilam o que deveriam aprender
De uma queda

Quando um fato não dá certo
É obvio que em sua formação há um defeito
Então por que insistir no erro
Na tentativa ilusória de tentar fazer funcionar?

Não entendo por que voltei por essa estrada
Ignorando a chuva fria que adoece o corpo
Ou o vento crítico que me força para trás
Apenas me lembro de estar perdida em algum canto da terra
Esquecendo até mesmo quem eu era
Definhando desde as estruturas básicas
Sobrevivendo, e não vivendo cada dia
Lembro-me que as pessoas não tinham rosto algum
E que eu não podia sentir o gosto e nem a textura
E que não podia mais ouvir
Na verdade, eu nem ao menos queria ouvir
O motivo?
Ri de mim mesma ao reconhecer
O poder que o coração tem sobre a alma
Quando este adoece, ela se perde
E não existe cura para quem se perdeu
Amar às vezes é uma escolha insana
Entregar-se ao delírio, e à alegria momentânia
Eis a distância que a convivência impõe
E um pouco de malicia nas mentes humanas
Traição não é um golpe fácil do qual se recuperar
Eu sabia que Shakspeare estava certo
É o amor, não o tempo que cura todas as feridas
Mas não podia me apaixonar novamente
Enquanto meu coração ainda se encontrava em pedaços
Impossibilitado de bater outra vez

Me lembrei de um rosto amado
Alguém que eu mesma havia magoado
Voltar e me redimir?
Teria que pagar um preço, mesmo assim
Enfrentei o vento e a chuva do tempo
Em busca de recuperar o passado
Eis que encontro meu amado
Mas seu coração não está mais onde estava
Desde o dia em que o deixei
Ele agora tem outras prioridades
Outros efeitos, outras vaidades
Ama-me?
Talvez sim, talvez não
Mas se o sim bastasse, eu não me importaria
Prefiria até mesmo o não
Pois haveria uma firme posição
E eu não poderia ter esperança
Mas o talvez me mata todos os dias
Ele me prende aos grilhões de um coração reconstruído
Mas não perfeito
Que bate em ritmo doentio, ferindo cada fissura ainda restante
Meu amor já não é mais sadio
Sempre será uma dependência indomável
Uma dor insuportável
Ou o tenho por inteiro, ou sinto-me em abandono
Eu te amo como nunca amei antes
E como não deveria amar
E o talvez ainda sussurra para mim
Que hei de perder-te... basta um dia a mais...
Mas a incerteza me prende à tua mão
E eu espero nessa solidão
Pelo dia em que não mais estarás aqui
Será esse o dia
Em que eu não estarei mais para o fim
De uma vida que tomou o rumo errado
Por não saber amar

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Dissolvendo Obrigações

O futuro é incerto e o passado indiscreto
A vida nunca segue um ritmo controlado
O estranho nem sempre é engraçado
E rir às vezes deixa alguém chateado
Reflexões são para psicanalistas
Vitória, para os recordistas
E ódio, para os realistas
Um pouco de otimismo nunca faz mal
O dia seguinte nunca será igual
Amar é tudo o que importa, afinal
Então para que correr e fingir?
Para que chorar e se redimir?
Para que não olhar para trás e fugir?
Bem vindo a sua vida
Ela única, nunca vivida
Então não fuja, encare a subida
Tenha orgulho, dignidade
Seja forte, esqueça a idade
Sorria para o céu, e fale a verdade
Minta se preciso
Em um dia qualquer, perca o juízo
Feche os olhos, volte ao início
Tenha medo
Durma tarde, acorde cedo
Tropece, aprenda a ficar atento
Relaxe, deixe tudo para amanhã
O amanhã é hoje? Faça disso uma diversão
Rir dos problemas dissolve a obrigação