terça-feira, 3 de maio de 2011

Excessos Doentios

Eu confesso que algo mudou
Não existe na vida quem nunca se decepcionou
As circunstâncias são como adagas
Ferem o âmago do coração
Acredito que cortei um mal pela raiz
Ou será que perdi novamente a chance de ser feliz?
Apenas sei que não acredito mais no silêncio
Pois as palavras são mais concretas até em sonhos
O abstrato da visão
Somos a inverdade disfarçada na solidão
Um medo bobo
Um momento de paixão
Tão crianças a ponto de saber tudo
Tão adultos a ponto de desistir
Tão incríveis a ponto de deslumbrar...

... tão imersa eu fiquei em teu olhar
Quem diria que de um amor eterno
Não mais poderia meu coração palpitar
Dos excessos doentios que minha alma inflige
Lá estou eu novamente
A apaixonada mais triste
Pois estou morta com relação a você
Viva em relação a ele
Mas uma icognita para mim mesma
Pode sentir que já não sinto nada?
As palavras saem todas erradas
E você prefere não ver, não dizer... não fazer...

Como dizer adeus a tudo que se acredita?
A tudo que se é?
Eu sou a negação de fatos perfeitos
A voz ativa em seu peito
A chama brusca que sempre vai queimar
A tentativa que irá falhar
Mas não há nada de errado em não te amar

E eu que achei que era toda alma e coração
Engano você e todos com paixão
Corações feridos nunca se curam
Eles se tornam doentes e sofrem pra sempre
E para sobreviver, fazem outros sofrer
Pois é da dor que retiro toda a força
Para citar de novo o verbo "Amar".

2 comentários:

Anônimo disse...

Adoreiii continue escrevendo voce escreve muito bem

Cliff Seward disse...

Olá!
Fui parar meio por acaso no seu blog procurando uma definição de Sorriso. Achei numa poesia sua de 2009. Gostei do que vi, e fui lendo, lendo... Te convidei a me seguir no Twitter. Quem sabe possamos trocar ideias a respeito de blogs & everything else? Parabéns pela sua evolução na poesia. Gosto muito dela. Um abraço.