terça-feira, 31 de maio de 2011

O Manifesto Comunista - Fichamento

Olá galerinha que lê meu blog de vez em quando.

Gostaria de avisá-los que utilizo esse blog mais como diário do que pra qualquer outra coisa. Por isso abri uma nova seção, a fim de compartilhar com você e com quem precisa o que ando estudando na faculdade. Sejam bem vindos ao meu lado intelectual. Críticas ou sugestões, favor usar a parte de comentários disponibilizada, okay?

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS




Curso: Pedagogia – Noturno





Jessica Giampaolo






FICHAMENTO – MARX: O Manifesto Comunista






Orientador(a): Maria Cristina da Silveira Galan Fernandes






São Carlos

2011









Luta de classes: A História sempre foi assim – opressor e oprimido (página 7). De um lado temos a burguesia moderna brotou das ruínas da sociedade feudal trazendo novas condições de opressão. Ela é uma classe oposta ao proletariado (página 8). A burguesia desempenhou um papel na história eminentemente revolucionário (página 10). Ela só pode existir com a condição de revolucionar incessantemente os instrumentos de produção, dessa forma, revolucionando as relações de produção e automaticamente todas as relações sociais. Pelo mercado, a burguesia se expande (página 12).

Com a indústria surgem novas necessidades, que ocasionam o intercâmbio entre nações, com o objetivo de suprir tais necessidades com produtos diversos, tanto materiais quanto intelectuais. No campo intelectual, esse intercâmbio traz inúmeras literaturas nacionais e locais, onde nasce a literatura universal (página 13). Com seus produtos, seus meios de produção, sua influência e seus preços baixos, a burguesia impõe seu modo de viver às nações, subordinando o campo à cidade, ou seja, os camponeses aos burgueses (página 14). Mas com o tempo, as forças produtivas da burguesia se tornaram poderosas demais, gerando crises em seu meio (página 17). As armas que a própria burguesia usou contra o feudalismo se voltam contra ela – o proletariado. Não apenas a burguesia se desenvolveu, mas também o capital e, com ele, o proletariado. O proletário é, em si, uma mercadoria da sociedade, pois está sujeito às influências da industrialização. Com o emprego de novas máquinas, se reduz o custo do operário à simples manutenção, e o salário diminui (página 18).

Todas as classes da população têm componentes que se tornam parte do proletariado. Esses componentes se juntam, com o decorrer de seu desenvolvimento, contra o burguês da localidade que os explora (página 20). Muitas vezes estes se unem na defesa de seu salário, chegando até mesmo a fundar associações permanentes para se prepararem. O crescimento da indústria disponibilizou os meios de comunicação, e operários de várias localidades diferentes podem ter contato. Esse contato pode concentrar lutas locais de mesmo caráter, o que pode ocasionar uma luta nacional, e, dessa forma, uma luta de classes. Embora essa organização do proletariado em classe seja destruída pela concorrência que os próprios operários tem entre si, ela sempre renasce mais poderosa (página 22). Isso faz do proletariado a única classe realmente revolucionária, que deve se rebelar contra a superestrutura da ideologia capitalista (página 24). A burguesia é uma classe incapaz de se manter como dominante, por não poder mais assegurar a existência de seu escravo, por obrigar o proletariado a descer cada vez mais baixo, sem nutri-lo (página 27).

Chegamos então à ligação do proletariado ao comunismo. O objetivo dos comunistas é a constituição do proletariado em classe, derrubada da burguesia e conquista do poder político pelo proletariado (página 29). Após explicar várias acusações contra o partido comunista, Marx deixa claro as medidas que seriam postas em prática com a tomada do poder: expropriação da propriedade latifundiária e emprego da renda da terra em proveito do Estado; imposto progressivo; abolição da herança; créditos, meios de transporte e fábricas centralizados na mão do Estado; trabalho obrigatório para todos; combinação de trabalho agrícola e industrial; educação pública e gratuita a todos; etc. (página 42 e 43). Nesse momento percebemos a utopia na ideia de Marx, quando ele resume o comunismo a seguinte frase: “a busca do desenvolvimento de cada um é a condição para o livre desenvolvimento de todos” (página 44).

A preocupação do partido, segundo Marx, é despertar nos operários a consciência clara e nítida do violento antagonismo que existe entre a burguesia e o proletariado (página 64). Os comunistas trabalham pela união e entendimento dos partidos democráticos de todos os países (página 65).

De todo esse breve resumo de materialismo histórico, percebemos que o socialismo presente nos ideais de Karl Marx deixou uma marca no estudo das ciências sociais. A sociedade moderna não substitui a luta de classes, apenas troca de classes antigas por novas, e novas condições de opressão. A sociedade é formada por classes sociais, e em toda a história houve luta entre estas classes. São exatamente as lutas entre classes que mantém viva a sociedade, e permite tanto desenvolvimento e mudanças. A mudança social ocorre quando há uma confrontação entre as classes existentes. Com um texto vigoroso, humanista e de manifestação política, Marx tenta exatamente conscientizar a classe de operários a tomar partido referente à efervescência das massas que ocorria em toda a Europa no contexto histórico de 1848, para ocasionar a desejada mudança social. Embora a utopia esteja presente em certas ideias de Marx, não há como negar que tal texto tem tido e sempre terá grande influência nos estudos referentes à sociedade (síntese pessoal).







Bibliografia:

1- 1 - MARX, Karl Heinrich; ENGELS, Friedrich: “O Manifesto Comunista” – Edição de RidendoCatigat Mores/ Edição eletrônica (www.jahr.org e www.ebooksbrasil.com)

2- 2 - SANTOS, Theotônio dos:“O Manifesto Comunista e o marxismo como projeto”.

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