segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Circuito

Eu prometo solenemente
Não andar mais por estas sombras
Das quais tem me alertado toda a vida
Teria sido mais fácil
Tão mais feliz
Se eu tivesse ouvido desde a primeira vez
Mas como condenados a morte
Simplesmente caímos pelo caminho
Doente em minha própria mente
Que transborda do meu coração
Para meus lábios indecisos e imbecis
A voz do pesadelo
Mais uma pecadora com muitas desculpas
Que estás acostumado a ouvir
Então me perdoe
Se eu não sou como todos parecem ser
Me perdoe
Por não conseguir entender
Me perdoe por essa voz em minha alma
Que me arrasta para esse momento doentio
Sou o mal que desprezas
E acredite
Desprezo a mim mesma
Porque nem ao menos posso conviver
Com minha insensatez
Eu queimei minha última sensação
Como um adeus apaixonado
Então clamei pela vida
Em sua luz
Uma luz que me cega
A luz que deveria me fazer ver
Por que não desconecta todo meu circuito?
Corte essa energia
E me esqueça como o que realmente sou
Pó...

... como posso deixar que apenas isso aconteça?
Não existe sentido em desistir
Então me ajoelho e me arrasto até você
Choro balbuciando teu nome
Tencionando uma outra chance
Porque o sentido de tudo que entendo
De tudo pelo que luto
É você
E quando me estabilizo em mim mesma
Tudo volta ao equilíbrio
E eu posso dormir

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