Por que eu nao estava impedindo aquilo? Pior ainda, por que eu nao conseguia encontrar em mim o desejo de parar? Significava que eu nao queria que ele parasse? Que minhas mãos se agarraram aos ombros dele e gostaram que fossem largos e fortes? Que as mãos dele me puxassem apertado demais em seu corpo, e no entanto nao fosse apertado o bastante para mim?
As perguntas eram idiotas porque eu sabia a resposta: eu estava mentindo para mim mesma.
Jacob tinha razão. Teve razão o tempo todo. Ele era mais do que apenas meu amigo. Por isso era tão impossível me despedir dele - por que eu estava apaixonada por ele. Também. Eu o amava, muito mais do que devia, e no entanto ainda não era o bastante. Eu estava apaixonada por ele, mas não era suficiente para mudar nada; era só o bastante para magoar nós dois. Para magoá-lo ainda mais do que eu já fizera.
Eu não podia me importar mais do que... do que com sua dor. Eu merecia mesmo qualquer dor que ele me provocasse. Tive esperanças de que fosse ruim. Esperava de fato sofrer.
Nesse momento, senti como se fossemos a mesma pessoa. A dor dele sempre foi e sempre seria a minha dor - agora a alegria dele era a minha alegria. Eu também me senti legre, e ainda assim a felicidade dele, de certo modo, também era dor. Quase tangível - ardia contra minha pele como àcido, uma tortura lenta.
[...]
E então, com clareza, senti a fissura em meu coração se estilhaçar com a menor parte que se separava do todo."
(Eclipse/Saga Twilight - Capítulo 23: Monstro)
Um comentário:
nossa essa doeu ate em mim,to doido pra ler esse livro!!!!
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