quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Suspeita Sutil

Das determinações cegas
Vago pelo ermo esquecido
Tocando incertezas febris
E encarando realidades hostis
Ao mesmo tempo que me isolo de um mundo anterior
Vislumbro ao longe suas imagens distorcidas
Atitudes mal entendidas
Coisas que nunca compreenderei

Sei que teus olhos tristes
Perderiam um dia o brilho de vez
Golpeei três vezes
A ponto de me esquecer
Fico de joelho diante dos cacos do fracasso
A vilã perfeita, seu eterno laço

Fui vilã de uma história
E continuarei sendo para sempre
E como fim merecido
Acabo-me em castigo
Aceito minhas chagas como mártir
Visto as cicatrizes, exponho a dor momentanea
Mas não renego nada
Assumo que a vontade foi minha

Fecho meus olhos como uma suspeita sutil
Esquecida entre os arquivos
Passada despercebida pela revista inicial
Assim, jamais saberão da tormenta íntima
Que escandalizo em meus pesadelos
Da perda arrependida

Continuo a vagar, e já não me importo
Que a sede aperte cada segundo a mais
Esvaie-se a vida, vai-te com a dor
Que me auto provoco
Sua masoquista preferida
A vítima perfeita
E do sofrimento renasce a vilã
Fenix maldita que vem das cinzas
Cobre minh'alma de escuridão
Para que eu supere sua luz refletida
Por toda uma vida de solidão

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