sábado, 11 de setembro de 2010

Lágrimas Simbólicas

O que desejo eu dessa carne que é apenas visão
Donde provém o espírito encantador
E o pecado que provoca a dor
Como as estrelas que ao perderem a força
Se tornam um buraco negro que em tudo dá-se o fim
Torno-me o último desafio para mim mesma
E sugo das tuas energias um pequeno sorriso
Como se pudesse mentir para o céus
Enquanto destroço suas esperanças contra minha vontade
Faço da tua vontade o caminho que me leva para o sempre
E mesmo assim, te arrasto para o nunca
Posso eu provocar a ira do amor
Sendo apenas um reflexo da felicidade do ódio?
Esqueça um pouco a perfeição
Esqueça por um momento a rejeição
Esqueça que o mundo gira e que o tempo passa
Porque, às vezes, o perfeito não tem graça
Não se tira lição da rejeição
E o tempo não faz sentido
Então, só por hoje, viva o momento
Porque momentos perdidos não voltam nunca mais
Odeio, mas odeio intensamente
E amo ainda mais do que odeio
E encanto de forma a não deixar mesmo escapar
E se acabo por errar, o erro que chamas de pecado
Confesso, e uma vez mais me inebrio nisso
Como a face do mal que seduz e amedronta
O medo é apenas uma emoção
E somos os perdidos nessa dimensão
Então, já que está perdida, se perca um pouco mais
Pois a morte vem junto com a manhã seguinte
E te persegue pelas sombras
Diante dela, somos incapazes
Então ajoelhe-se e ore uma última vez
No sussurro amargo dos seus últimos segundos
Se arrepender no final parece tão conveniente
Quando se é um pecador impenitente
Dá-me, óh céus, a chance de apenas dizer
Que meu triste coração buscou vingança em cada fato
Para não sofrer ainda com suas chagas injustas
Lágrimas da verdade simbólicas na mente
Atormentando meus pensamentos
E refletindo nos meus olhos
O que posso eu exigir de você
Apenas amor?
Então, não me ame mais
Aprenderei a viver com isso também

Nenhum comentário: