sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Devoradora de Almas

Talvez eu saiba que de alguma forma
O abismo sempre tem um fim
Estatelar-se entre as pedras frias
De um mundo que não pertence a mim

Único alvo da vida: Felicidade
Entre todos esses sonhos
Apenas não pertence à realidade
Sobram-me os pesadelos
Sombras, resquícios de dor...
Meus dedos em seus cabelos...
Um suspiro de amor...

Busco um pouco de alívio
Fora d'agua, o ar é tão bom
Minha alma, retinindo como alumínio
E seus braços, calmos como a noite de verão
Logo que acordo
Apenas arrependimento sem emoção
Não bastando a culpa
Sua voz destruída na aflição


Flagela-me como a um pecador impenitente
Mas de que adianta questionar
Se diante da verdade, sou tão impotente

Amar... o erro dos sábios
Uma dependência indigna
Morrendo em seus lábios
Tantas promessas ditas
Um solene apelo...
Dessa voz maldita

Quebra-me os ossos saber sempre e sempre
Desse amor doentio que me rouba o sono
Mas que em você... não, nem mesmo desmente
Entre os fatos pequenos
Que fizestes tormenta
Sois apenas um menino inocente

Sou a devoradora de almas no caminho correto
Roubando suas forças
Turvando seu afeto
Dedica-te pois, seguindo reto
Minhas promessas de amor não tem poder algum
Quando gritas aos quatro ventos
Que esse amor é só mais um
Perdido entre as paixões que não dão certo
Logo agora, que a felicidade estava tão perto
Perco-me nessa dor que me rasga o coração
Pois acreditei em você
Doce e amarga ilusão



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