quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Raio

Eu me sentia um raio
Rasgando desde o chão iluminando a chuva
Luz do solo em uma noite perdida
A única verdade entre a tempestade

Eu queimava
Era faísca
Alma flamejante
Perdida no mundo dos mortos

Vida era lenda
A neblina da manhã seguia entristecendo
Meu coração arranhado, batendo
Som duplo de rancor
Como podia projétil destruído
Ainda vibrar com tanto vigor?

Eu era lagrima
Lagrima em brasa
Agua em fogo
Amor, despojo
Sangue da doutrina
Destino e ira
Apagado pela chuva
Que raio me fazia
E me dispensava ao solo