Não existe em tuas palavras nem um único resquício de minha presença.
Não existe em teu sorriso nenhuma sombra da dor que dissestes sentir um dia.
Não há em teus olhos reflexo algum do que eu fui diante do que é agora.
Não há em ti marca que sirva de lembrança.
Mas há em mim o fogo do tempo perdido, a verdade do acontecido
Pois um dia me liguei a tua alma, e jurei que era para sempre...
Por mais que isso não se manifeste em minhas palavras, nem em meu sorriso, nem em meus olhos, e muito menos em todo o restante de mim.
Eis a barreira entre o evitável e o real, entre o que está guardado e o que não deve ser lembrado.
Talvez haja em ti o mesmo fogo, e, por tal, a mesma barreira.